Gestores do Topa comemoram resultados do programa

Gestora do Todos pela Alfabetização (Topa) em Uauá, região Norte do estado, Lucilene Gonçalves Ribeiro comemora os feitos do programa no município. Segundo ela, já foi possível reduzir em quase 50% o índice de analfabetismo na cidade. Mas ela quer ainda mais. Por isso, está entre os gestores das 258 prefeituras que aderiram à quarta etapa do programa e participam, na segunda-feira (11/07), até às 17h, do 2º Encontro Estadual de Gestores Municipais do Topa, no Hotel Vilamar, em Amaralina (Salvador).

Os representantes municipais vão apresentar suas dificuldades e avanços no desenvolvimento das ações, receber informações sobre a estrutura, funcionamento e o monitoramento desta etapa do programa.

“Em Uauá, o programa tem dado certo porque é muito bem monitorado. Houve um compromisso do município em abraçar a causa. Para mim, este encontro é uma oportunidade de ver as experiências que estão sendo realizadas nos outros municípios e conhecer as dificuldades que eles estão enfrentando. Quando a gente socializa ideias, os resultados são melhores”, avalia a gestora. No município, o programa contou com 162 turmas na primeira etapa e, atualmente, são apenas 57. Naquela época, eram 4.570 analfabetos e 3.520 estavam na zona rural.

Outra que veio cheia de expectativa para o encontro foi Ketsman de Matos Brito, coordenadora de turma de Coronel João Sá, município que ocupa o segundo lugar no ranking do analfabetismo na Bahia. “Para nós, é muito importante participar de encontros como esse, que contribui para melhorar a qualidade do programa. Nosso maior objetivo é sair dessa posição, que tanto nos envergonha”, diz a coordenadora.

Fortalecimento - De acordo com o secretário Osvaldo Barreto, o Topa é um dos programas prioritários do governo, por isso a Secretaria da Educação está sempre preocupada com a sua qualidade. “Esse encontro abre espaço para que possamos passar para os gestores as diretrizes com relação ao processo de execução do programa e também dialogar com os gestores para conhecer as dificuldades e desafios que eles encontram”, pontua.

Ele destacou, ainda, que o Topa resgata uma dívida histórica com a população que não teve a oportunidade de se alfabetizar na idade certa. Por isso que, hoje, paralelo ao Topa, o governo criou o programa Pacto com os Municípios, que tem como meta garantir que todas as crianças sejam letradas e alfabetizadas até os 8 anos.

Já a coordenadora do Topa no estado, Francisca Elenir Alves, destaca a importância de socializar estas diretrizes.“Construímos uma estrutura e vamos explicar como, na prática, ela vai funcionar. Tudo isso tem só um propósito: fortalecer cada vez mais  o programa. Quem sairá ganhando são os alfabetizandos”, explica a coordenadora do Topa no estado, Francisca Elenir Alves.

Inclusão - Nas três etapas anteriores, foram alfabetizadas 751 mil pessoas. Na quarta ,estão matriculados 256 mil estudantes. O programa conta com a parceria de prefeituras, entidades dos movimentos sociais e sindicais, além das universidades públicas e privadas. A meta do governo é alfabetizar mais de um milhão de pessoas nos próximos quatro anos. O Topa está presente em presídios, aldeias indígenas, comunidades quilombolas, abrigos de idosos, Centro de Atenção Psicossocial (Caps), entre outros.

Em Jeremoabo, por exemplo, a coordenadora do Topa, Edvanice Lima Carvalho, conta que o programa atende a deficientes visuais, pessoas com transtornos mentais e também garante o direito de aprender a ler e escrever aos idosos de um abrigo. “Lá, temos alunos de até 90 anos. Eles adoram as aulas. É emocionante ver a empolgação deles, naquela idade, esperando o professor, como se fossem crianças no primeiro dia de aula”, diz.

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