A Escola Parque - Centro Educacional Carneiro Ribeiro, no bairro da Caixa D’Água, em Salvador,  sedia, neste sábado (14), o programa nacional Ação Global, promovido pelo Sesi, em parceria com a Rede Globo. Fundada pelo educador baiano Anísio Teixeira há 61 anos, a instituição abre suas portas para receber uma população de 480 mil afrodescententes que vivem nos bairros próximos da Escola: IAPI, Pero Vaz, Barbalho, Santa Mônica, Curuzu, Pau Miúdo, Liberdade e  Cidade Nova.

O Ação Global vai oferecer 150 diferentes serviços gratuitos, como emissão de documentos, atendimento jurídico, consultas médicas, atendimento odontológico e  serviços de saúde (orientação alimentar, teste de glicemia, avaliação física). Para participar, é necessário estar portando documento de identificação.

“É algo inédito no Brasil uma escola pública ser convidada para participar do Ação Global. Isso se deve ao trabalho que a Secretaria da Educação vem desenvolvendo no sentido de dar credibilidade ao projeto socioeducacional da escola, legado que Anísio Teixeira deixou para a educação brasileira”, afirma o diretor da Escola Parque, Gedean Ribeiro. A iniciativa de levar o nome da Escola Parque ao Sesi foi do ex-professor da unidade, Gedean Ribeiro.

Atividades – Composta por nove unidades escolares, totalizando quase dez mil estudantes nos três turnos, a Escola Parque protagoniza o mutirão da cidadania promovendo atividades culturais (apresentações musicais e teatro de fantoche) e esportivas (karatê, futsal, voley e ginástica rítmica e olímpica), além de oficinas de arte, cerâmica, customização de camisas, origamis e pintura.

A coordenadora do núcleo artístico da Escola Parque, Maria Sofia Guimarães, detalha que, entre os trabalhos a serem mostrados, destaque para as apresentações da Banda de Percussão do Professor David, da qual participam 15 alunos da unidade, e o Coparque (Coral da Escola Parque), regido pelo maestro Abdon Leoni, do grupo Break Dance e do Park Model, resultante da Escola de Modelo da Escola Parque.

“É muito importante a nossa participação no Ação Global por se tratar de um momento de interação com a comunidade, além da visibilidade para uma escola que, ao longo de sua trajetória, vem criando uma forte relação com os direitos dos cidadãos, sejam eles culturais, de lazer ou de educação”, considera Sofia Guimarães.