Estado lança projeto Escolas Culturais em Teixeira de Freitas com apresentações artísticas e musicais

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Apresentações marcantes envolvendo arte, poesia, música, teatro, audiovisual e performances de dança evidenciaram os talentos de estudantes e artistas convidados durante o lançamento do projeto Escolas Culturais, nesta sexta-feira (17), em Teixeira de Feiras (811 km de Salvador). O evento realizado no Centro Territorial de Educação Profissional do Extremo Sul (CETEP), contou com a presença do governador do Estado, Rui Costa, dos secretários da Educação do Estado, Walter Pinheiro, de Cultura, Aranny Santana, de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Carlos Martins, e do prefeito da cidade, Timóteo Brito, que conferiram de perto as intervenções artísticas, que são fruto da diversidade e riqueza cultural da região Extremo Sul da Bahia. 
 
As autoridades e convidados foram recepcionados pelas apresentações do grupo Maculelê, do Colégio Estadual Eraldo Tinoco, do município de Nova Viçosa; da fanfarra do Colégio Estadual Rômulo Galvão e, também, por uma roda de capoeira do grupo Zumbi Bahia. Já no corredor de acesso ao auditório, eles participaram da oficina de grafite do projeto Grafitaê, assistiram à performance do grupo de Hip Hop da Associação de Arte e Cultura da Bahia, além de apreciarem a exposição dos trabalhos dos projetos Artes Visuais Estudantis (AVE) e Educação Patrimonial e Artística (EPA), criados pelos estudantes da rede estadual de ensino do Território de Identidade do Extremo Sul. 
 
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O secretário Walter Pinheiro ressaltou a importância do projeto para as escolas da região. "O projeto Escolas Culturais é um dos mais importantes, pois cada vez mais envolve a comunidade e tira os muros da escola, ou seja, a escola vai ao encontro da sociedade e a escola também permite que a sociedade adentre. O mais essencial nesse projeto é ter a capacidade de entender aquilo que já se processa nas escolas e, ao mesmo tempo, como é que isso será aplicado na vida dos estudantes. Então, portanto, é um projeto que não se encerra num ato, mas ele continua a cada dia, inclusive, enquanto prática dentro da escola", destacou Pinheiro. 
 
No auditório da unidade escolar, a programação seguiu com uma apresentação de dança zouk, protagonizada por estudantes. Logo em seguida, foi exibido o vídeo institucional do projeto Escolas Cultuarias e do vídeo de finalista do projeto Produção de Vídeos Estudantis (PROVE), produzido por estudantes do Colégio da Polícia Militar Anísio Teixeira, que tem como tema "Respeito". 
 
Na sequência, o auditório serviu de palco para uma intervenção teatral de estudantes com interação com a plateia. As apresentações musicais foram conduzidas pela Camerata (pequena orquestra de cordas) do Instituto de Cultura e Desenvolvimento (ICED) e, também, pelo coro do CETEP, que também participa do projeto Encontro de Corais Estudantis (ENCANTE). 
 
Para Kerem Kapuque, 21, do curso técnico em Enfermagem do CETEP Extremo Sul, cantar com o coral da unidade no evento foi uma experiência transformadora. "É muito bom poder mostrar o nosso talento que é despertado dentro do espaço escolar e este projeto é de grande valor cultural porque ajuda no desenvolvimento e conhecimento das culturas em geral e acho que realmente as escolas precisam deste incentivo à cultura. Foi uma honra cantar aqui com meus colegas", afirmou animada após se apresentar. 
 
O presidente da Academia Teixeirense de Letras, Almir Zarfeg, declamou uma poesia e a estudante indígena da etnia Pataxó, finalista do projeto Tempos de Arte Literária (TAL), Viviane Ferreira Nauã, 16, 2º ano, do Colégio Estadual Curumbalzinho, situado em Prado, declamou a poesia de sua autoria "Fogo de 51". "Fiquei muito emocionada por representar a cultura do meu povo e os estudantes de todos os colégios indígenas da Bahia. Meu poema conta uma história triste de nosso povo sobre um massacre que aconteceu em 1951, na aldeia Mãe, em Porto Seguro e isso ficou marcado", disse emocionada. 
O diretor do CETEP, Petrônio BonfimSilva, destacou que "o projeto Escolas Culturais será um marco na região do extremo sul porque vai poder resgatar muitos artistas que nós temos dentro das escolas e nas comunidades. É um privilégio a nossa escola ter sido escolhida para o lançamento de um projeto de difusão da cultura da Bahia e que irá ampliar o acesso de muitos jovens à cultura". 
 
Segundo o padrinho da Escola Cultural de Teixeira de Freitas, o maestro Orley Silva, as Escolas Culturais são muito enriquecedoras. "Elas são importantes para a gente compreender o papel que o projeto têm como política pública de inserção cultural e que dá aos nossos jovens uma alternativa de formação, porque a cultura por si só consegue desenvolver a capacidade de percepção do mundo e de interferir no cotidiano de uma forma significativa na sociedade", afirmou. 
 
Já no encerramento do evento, a estudante Thaslla Vitorino, do CETEP, mostrou suas habilidades de expressão corporal ao apresentar a coreografia "Minha pele preta e meu manto de coragem" e a estudante Maiza Andrade, de 6 anos, do Instituto de Cultura, Educação e Desenvolvimento (ICED), encantou a todos ao interpretar a canção de Gonzaguinha, "O que é? O que é?". 
 
O projeto já foi implantado em Itabuna, Juazeiro, Gandu, Bom Jesus da Lapa, Feira de Santana e Itaberaba, e envolverá 85 unidades escolares, em 85 municípios, potencializando os projetos artísticos e culturais já existentes e fomentando novas atividades. As escolas estão sendo requalificadas para o desenvolvimento de ações pedagógicas voltadas para a dança, música,  audiovisual, literatura, inovação e empreendedorismo, dentre outros.
 
O projeto Escolas Culturais é resultado de parceria entre as secretarias da Educação, de Cultura (Secult), de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e Casa Civil.
 

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